Veja.abril |
Robinho pedala, pedela, pedila,
pedola, pedula. Leônidas inventou a bicicleta e colocou ela no ar e de cabeça
para baixo. Genial e esquisito esse Leônidas. Robinho somente botou a bicicleta
novamente na grama e pedala e pebala, para desespero de zagueiro forçado a
aprender urgente sobre bicicross.
Pedala
o pé dela, Robinho, da inventividade da vida, ou o pé dele, defensor adversário
que não lhe bastam mil formas de defender para quem tem dez mil formas de
pedalar. Jogar feito jardineiro que transforma a bola em margarida e pedala
cada pétala, mal-me-quer, bem-me-quer.
Partir
elegante na direção da bola, a pedi-la em silêncio, a saudade de pedalar.
Pedala e pedila, Robinho, até o oponente hipnotizado abrir as pernas como
prostituta dengosa e se submeter desorientado a estupro e estuprador.
Pedola
e pebola, Robinho, o pé atrás da bola e a bola atrás do pé, pedólar e pé euro,
e a alegria e esperança de quem não tem dinheiro pra vê-lo pedalar. Mesmo
assim, pedala, pedela, pedila, pedola e pedula, Robinho. Pedoida o jogo, pelota
o sonho, profeta o riso e garanta o espaço no coração de cada criança do
planeta para o direito de pedalar.
Pedula,
Robinho, hiperdulia, quase-deus de quase-crentes. O jogo é assim mesmo,
perdulário, como a lembrar que a vida poderia ser exuberância. Petula, Robinho,
com o seu talento você adquiriu em algum lugar o direito de ser petulante, pelo
menos com a pulha nos pés. Pedala, pedela, pedila, pedola, pedula.
Pedala
o pé dele sem pedir e pedola mole que ele é pé duro. Requebra e resvala,
resrelva, respinga um gole de poesia pura no desandar da bola e pedala, pedela,
pedila, pedola, pedula até o gol.
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