A
luta pela palavra sagrada
O futuro patriarca Jacó, ainda
jovem, continua as suas peripécias, novamente em jogo que Esaú sai perdendo.
Em um jogo complicado de palavras
ardilosas e disfarces astutos ele se apodera da bênção de Javé.
Já tinha se apossado do direito
de futuro patriarca, mas percebe que direito sem bênção não é garantia.
A narrativa se tece em torno de
duas palavras. Uma palavra forte, a patriarcal, e uma palavra fraca. Dispondo
apenas da palavra fraca, Jacó com a ajuda de Rebeca, se apodera da palavra
forte, a palavra sagrada, a bênção de Javé.
Rebeca ouve Jacó prometer a
bênção, a palavra forte, a Esaú e corre a preparar Jacó para lutar. A palavra
da mulher e a palavra do irmão menor vão se unir para a disputa.
Jacó é o irmão que nasce
segurando o calcanhar do outro, é o irmão-serpente. Mais uma vez, a palavra da
mulher e a palavra da serpente vão se unir em torno de objetivos comuns. A
estratégia passa novamente por um prato de comida.
Jacó comparece na presença do pai
com pele de cabrito, comida de Rebeca, roupa e cheiro de Esaú. Só tem de suas,
a voz e a coragem de usar a palavra ardilosa. E vence: se apropria da bênção de
Isaque.
Quando o irmão mais velho chega,
a bênção já está prometida e a palavra forte, do patriarca, não poderá voltar
atrás. Esaú chora e a bênção que lhe sobra é tão humilhante que cria um ódio
furioso para o irmão mais novo.
Curiosamente, Javé fica de fora
de tudo isso e vai apenas garantir, no final, o cumprimento da bênção dada.
Parece que tem suas predileções, sempre do lado das mulheres e dos mais fracos.
Jacó agora é o herdeiro da palavra forte, mas ser o abençoado e eleito de Javé tem os seus problemas e é preciso fugir.
Jacó agora é o herdeiro da palavra forte, mas ser o abençoado e eleito de Javé tem os seus problemas e é preciso fugir.
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