APRENDIZES
DE RESSURREIÇÕES NA COMUNHÃO DAS CICATRIZES
Completamos hoje o ciclo da Páscoa, na
Festa da Ressurreição, e o Artesão de Nazareth, mais ressuscitado do que nunca,
caminha desbravando espaços, mostrando com altivez as suas cicatrizes.
No meu cotidiano, fizemos o inventário de tantas ressurreições, enquanto recebia da Igreja Batista de Bultrins, pão, pó para suco de uva e chocolate meio amargo. Nessa igreja de periferia, o Artesão de Nazareth celebrará conosco, juntas e distantes, por conta da pandemia, a Comunhão das Cicatrizes.
Nos pés do Jesus peregrino de savanas e povoados, nas mãos do Jesus que tocou leprosos e proscritas, no corpo do Jesus acariciado por crianças e prostitutas, as cicatrizes são decalques inúteis de um sistema político, econômico e religioso, maligno, violento e assassino. Ele caminha mais vivo do que nunca.
A ressurreição é a mensagem de que existem suspiros depois do último e de que a opressão nunca terá a gargalhada final; essa pertence ao amor e à vida.
Então, gargalhemos. Se a Páscoa nos diz que cruz e ressurreição são inseparáveis, aprendamos com o Jesus de Nazareth a ressuscitar, com as nossas cicatrizes à mostra.
Desse modo, crer será insistir em ressuscitar espaços, tempos, instituições, organizações, movimentos, mundos e pessoas de todos os tamanhos, sabores e cores, ameaçados pela morte.
Aprendamos a ressuscitar, ressuscitemos!
Recife, 04 de abril de 2021
Parabéns, Marcos, pela mensagem que nos ensina e ao mesmo tempo nos desafia a viver a radicalidade da ressureição desse artesão de Nazaré!
ResponderExcluirMarcos, amostragens de cicatrizes na(s) ressurreição(ões) diárias, de fato, só são possíveis com Jesus Cristo em nossas vidas. Esse Texto alenta meu 💓.
ResponderExcluiramém...
ResponderExcluirAssim é como vejo e sinto a trajetória de Cristo, que resucita a cada dia, quando praticamos o verdadeiro cristianismo.
ResponderExcluirQue texto maravilhoso! Obrigada irmão Marcos por compartilhar conosco seu olhar sobre a páscoa!
ResponderExcluirSimples, denso e mais contemporâneo do que nunca. Sei que o Pai, seu grande inspirador, deleita-se com seu jeito de ser e dizer as coisas do Evangelho com um jeito que é essencialmente seu. Meu abraço, nesse tempo estranho de lutos e lutas.
ResponderExcluirTexto maravilhoso. Reflexão, releitura e resignificação da nossa Páscoa!! Obrigada.
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