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QUERO MORRER DE AMOR
Marcos Monteiro
A conversa surgiu com o passageiro ao lado, do ônibus urbano
quase vazio, ele estava triste. A filha havia morrido de depressão há dois
meses, mas era história estranha de amor. Morreu porque o marido morreu de
câncer e ela não conseguia dormir nem comer e repetia que queria ir se
encontrar com ele, e foi.
História de negros e negras, cor da Raça de Humanos
Exóticos, a qual enfrenta a violência do racismo, disfarçado ou explícito, mas
estranha história de amor à vida e amor ao amor. Pretas e pretos sofrem
preconceito, humilhação e violência, simbólica ou explícita, mas amam.
Nessa estranha eleição, em que um candidato faz discursos
preconceituosos e faz apologia da tortura e da violência, quero defender
somente a tortura da saudade e a violência do amor. Se tenho de morrer um dia,
quero morrer amando, quero morrer de amor. Sem ódio e sem medo voto Haddad, voto
13.
Recife, 17 de outubro de 2018
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