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Gn 35,6 – 36.
A civilização ocidental foi
formada pela Bíblia hebraica, narrativas em torno de homens que caminham com o
seu Deus, Javé. Narrativas belas em sua simplicidade de historietas populares e
na complexidade de seus temas e valores. O livro de Gênesis é o livro dos
começos, narrativas construídas em torno de muitos nomes próprios. O nome de
Jacó sobressai no final como o nome de Israel. “Já não te chamarás Jacó, porém
Israel será o teu nome” (Gn 35,10). O livro então pode ser lido como a passagem
da personagem Jacó de uma situação de tribo para uma situação de nação, a
confederação tribal que vai constituir Israel.
Muitos acontecimentos, em torno
de muitos nomes próprios, a maioria nome de homens. As mulheres ocupam a
narrativa de modo subalterno ou criptografado, estão perdidas pelas entrelinhas
dos textos. Mas são as entrelinhas que realmente conduzem as linhas, o não-dito
precede o dito.
Fazer altar para Javé em Betel e
enterrar a mulher amada Raquel em Belém são tarefas distintas de um mesmo ciclo
de vida. Morreu durante o parto, como quem transmite a outrem sua própria vida,
e o filho que nasce é a continuidade de um amor especial. Benjamim, o mais novo
de todos os filhos, tão amado como José, os dois filhos da silenciosa, e
silenciada pela morte, Raquel, mas que continuará como lembrança até a morte de
Jacó e será perpetuada em poesia e literatura.
Jacó e Esaú juntos cumprem também
a tarefa de enterrar Isaque, o pai de cento e oitenta anos que morre “velho e
farto de dias” (Gn 35,29). No capítulo 35 são listados os filhos de Jacó e o
capítulo 36 traz a extensa genealogia de Esaú, mais uma vez um amontoado de
nomes próprios de homens. Os poucos nomes femininos são das mulheres de Esaú,
Ada, Olisama e Basemate, de uma concubina de seu filho Elifaz, chamada Timna e
uma descendente, esposa de Hadar, chamada Meetabel. A presença dessas mulheres
em rol de homens é coisa admirável que nos leva a imaginar coisas.
Mas, talvez o mais interessante
nessa narrativa seja o nome de um desconhecido Aná, filho de Zibeão. Ele é o
pai de Oolibama, mulher de Esaú. Mas consta o seguinte sobre ele:
“Estes os
filhos de Zibeão: Aiá e Aná; este é o Aná que achou as fontes termais no
deserto, quando apascentava os jumentos de Zibeão, seu pai” (Gn 36,24).
A vida é feita de feitos
intencionados e não intencionados, de grandes projetos e pequenas casualidades.
Aliás, o que é o grande acontecimento? As guerras provocadas entre cidades e
tribos? As grandes construções dos faraós? A bravura de Esaú e de seus descendentes?
O grande acontecimento aqui é um
achado e descoberta, muito importante para os habitantes daquelas paragens. Aná
merece ser lembrado porque descobriu o lugar onde o deserto jorra fontes de
águas. Descobriu como? Não seria propriamente um desbravador. Apenas apascentava
as jumentas do pai. Em uma tarefa de todo dia, surge o inesperado que faz o
homem comum se lançar na história e merecer registro separado em genealogia de
tantos heróis.
NÃO FOI AIÁ E SIM ANÁ QUE DESCOBRIU A FONTE.
ResponderExcluirNÃO FOI AIÁ E SIM ANÁ QUE DESCOBRIU A FONTE.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAmemmmm
ResponderExcluirEsse é o Deus do impossível .um Deus que nunca desampara os seus.Um Deus que nos leva para o deserto para manifestar a sua Glória em nossas vida.
ResponderExcluirGloria a Deus
ResponderExcluir20 anos de cristao agora que vi esta hestoria.
ResponderExcluirE eu com 60 anos só agora descobri isto!! Nunca é tarde demais!
ExcluirHistória querido, não hestoria.
ExcluirÉ muito deselegante corrigir alguém que vc não conhece e não sabe, se teve as mesmas oportunidades de estudar igual a vc.
ExcluirDeselegante é pouco. Esse Unk precisa nascer de novo!
ExcluirDeus tem um grande prano na vida de cada um de nós não abandone jesus
ResponderExcluirQuando meditamos versiculo por versiculo como manda a palavra "medita de dia e de noite''Josué 1.8 o Senhor nos descortina coisas que parecem estar ocultas.
ResponderExcluirmedita , medita, medita...
Quando obedecemos a Deus a nossa vida é regada pelo rio da vida ou sesa o espito santo aná é um emxeplo
ResponderExcluirEssa História nos ensina a obediência que Aná teve com seu pai, pois ele mandou que fosse apacentar as jumentas no deserto onde não avia nada, e ele não questionou o pai, e nisso Deus o honrou.
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