quinta-feira, 26 de novembro de 2015

LITINHA E O LUPUS DE CADA DIA




Andei pesquisando mas confesso que não entendo de lúpus e o que conheço de Litinha não me ajuda muito. Litinha carrega no corpo essa marca chamada lúpus e vive sorrindo e cantando e amando, sempre de bem com a vida. Mas esses não são os sintomas dessa doença.

As informações são sobre dores e agressões constantes tanto do corpo contra si mesmo quanto de vírus e bactérias ambientes. Uma doença autoimune diminui a resistência do organismo e o risco de problemas graves é diário. Mas novamente isso não parece com Litinha.

Adelita Brito Bueno Silva é uma grande mulher e uma mulher grande (um mulherão), mas só conseguimos chama-la de Litinha, porque a força e intensidade com que vive está envolta em jeitos suaves e delicados, emblema de beleza e de poesia, amada e amante de Cássio, o seu sempre namorado de tanto tempo e de todo dia.

Mas sei que ela tem lúpus e o seu corpo sofre e as dores sempre aparecem. Então posso imaginar que cada dia é um novo dia e cada sorriso um novo sorriso e que cantar, sorrir e amar são hábitos arrancados à força da vida, com a insistência de quem se atreve a viver intensamente.

Com o Lupus de cada dia, Litinha ganhou a autoridade de falar sobre o Deus de cada dia e sobre o amor de cada dia. Todo dia Litinha constrói uma parábola de si mesma e uma parábola da vida. E quem a conhece, seja uma portadora de lúpus ou um portador da vida, não tem mais nenhum direito nem ao desânimo nem à tristeza.


2 comentários:

  1. Um texto maravilhoso, mas não sei se na verdade devo chamar de texto ou retrato ( gosto dessa palavra, "retrato"). Marcos Monteiro, você conseguiu retratar o que essa mulher está sendo a cada dia, digo que está sendo porque eu mesmo me surpreendo a cada amanhecer com sua alegria e avidez em viver e amar. Me sinto honrado em partilhar a vida com ela.... Que Deus continue lhe dando inspiração para usar as palavras com tanta sabedoria e amor, escolhi te colocar para morar no meu coração, meu grande e querido amigo!!! Abraço.

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  2. Conviver com uma doença crônica não é experiência fácil. um contínuo exercício de cuidados, superações. Que bom que Litinha tira de letra e certamente inspira muita gente. como vc.

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